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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Entre olhares





Olhos tão lindos
Ele nunca tinha visto
Neles, tanto mistério, quantos segredos que
O confundiam e os olhos dele que apenas queriam
Aquele olhar só mais uma vez
E o medo de nunca mais vê-los novo toma conta

Poderia ser a única chance, o medo vai crescendo
Na medida em que as horas passam e o mesmo horário
Em que eles se encontrarão vai chegando e finalmente

Ela senta-se ao seu lado, e ele tímido
Tenta se focar na música que escuta, mas, como
Se quando ele a olha perde rumo, o sentido e o tempo
Parece parar ou correr tão depressa que ele já não consegue acompanhar


Chega o fim da linha,
A última parada a última troca de olhares e
Cada um segue o seu caminho
Nele nada visto foi tão perfeito quanto aqueles olhos, pois,
Diferentemente dos outros que durante a vida ele encontrara
Esses não eram o reflexo dos seus
E sim o abismo em que ele sempre quis pular
Esse abismo chamado amor.


Doug!

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