ROMA (Leia de trás para frente o título)

 A flor  que aflora
No outono de minha primavera
 Que trocas as folha e se renova
Iniciando a era nova

A chuva que ilumina
O sol que rega
Essência que o vento leva
E a todos fascina

E meus versos... carta rídícula
Que Pessoa me ensinou
Que se deve fazer, quando
Chegar o amor
Faço aqui minha amada epístola

E no orvalho da noite
A dor foi-se
Alegria achegou-se
De eu todo ela aposou-se

E no luar de meio-dia
Poesia meio medida
ROMA quebrando as teorias e filosofias
Vida renascida, vida além da vida.


#D_S#

ÔNIBUS

Assunto milhares: vida dos famosos, novela, jogo da quarta à noite, rodada do domingo, trabalho, última festa, último rolo, maridos falando mal de suas esposas, esposas falando mal de seus maridos, crianças causando como têm que ser.

Surgem também o vendedor de chocolate e o (ex)dependente químico vendendo suas canetas, vejo a mulher bela e habilidosa fazendo a maquiagem em meio a tanto movimento. Vejo ainda a jovem lendo o último romance de um escritor estrangeiro, a jovem ao meu lado com um livro enorme estudando para a prova, meninas (bem novas mesmo) falando dos seus amores de uma semana, e os meninos falando das meninas que pegaram, o velho que quer ir sentado e o homem "dorme" no lugar preferencial, o cobrador pedindo "mais um passinho" e por último o amigo motorista com pressa, pois tem que cumprir o horário.

O silêncio só habitando em mim envolta de toda essa escola da vida.


#D_S#

Uma saída

A cegueira segue firme
E os olhos lacrimejam
Pela busca de um caminho
Uma saída
 E nada aparece
Uma luz e cansado
Pede mais uma vez em sua prece
Uma saída
 O sistema lhe impôs tanta coisa e ele
Já não sabe o que fazer e para onde ir
E ele busca
Uma saída
 Embora sempre cercado
Sente-se só porque os que o cercam
Estão tão cegos e já não conseguem mais buscar
Uma saída

Surgir

Não vejo a preocupação de outrora
O medo já não me devora
O tempo acabou e a aflora
Tudo o que deve florir
 

O futuro, incerto
O belo de agora, quero
Que seja o belo de sempre, espero
E o medo já não mais

 E se o fim chegar?
A flor e suas pétalas
Uma a uma cair
Até tudo se esvair
E a força para levantar
É a partir de mim deve surgir

Por mais dias

Por dias iguais a esse, dias em que o calendário é um punhado de números enfileirados na seqüencia. Por mais dias em que domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado não se encaixam.

Por mais dias em que não se parecem com nenhum dia, dias em que nomenclaturas ou definições são e serão insuficientes, dias sem nome, dias em que o tempo infelizmente insiste em terminar. 

Por mais dias iguais a esse, e quando esse dia novamente vai chegar?? Fazia dias e mais dias em que esperava que esse dia chegasse e ele veio, e se foi, deixando-me na espera que esse dia volte e que ele dure mais, que o minuto dure o dobro. 

Por mais dias em que a alegria e felicidade, estejam entrelaçadas graças ao vento, por dias com bolo e sorvete, por dias completos, por dias com você. 

Peço a Deus por mais dias sem tradução, por mais dias contigo,  por mais dias sem tradução, por mais dias em que tudo ao nosso redor suma e sobre apenas nós completos e inteiros. Por mais dias completos, por dias a mais

##Dobrado Sustenido & Alegria

Festa

A transição fora dolorosa no passado, porém agora ela é suave como o beijo do vento no cata-vento. E o medo fica menor dando lugar a alegria que resplandece, permanece e sai do inerte trazendo a vida que por pouco esvaindo se ia.
 As cores são diferentes nas estrelas que brilham o arco-íris fazendo o sonho a verdade que queremos viver. E o milagre acontece depois da luta, depois da entrega a tal batalha, e os olhos brilham ao ver tamanho encantamento com o que se quis tanto acontecer. E as lágrimas logo vêm embalando o que já nada foi e agora é tudo, tão tudo que o nada é dele também.
 A música toca e ela começa sem pressa de acabar enquanto o sol no gira não girar.
 Festa!

Dor da saudade

Digo que as linhas serão poucas para dizer como a saudade está sendo cruel. Como é ruim não ver teus olhos, sinto falta de mergulhar sem medo no abismo de meus sentimentos que refletem no castanho dos teus olhos.
 O frio já aquece, o calor sufoca, o peito arde clamando teu nome e a vida segue e a esperança de lhe ver morre mais uma vez hoje.  Queria eu estar errado, mas não, não estou errado! Dia incompleto com algumas alegrias curtas como um piscar de olhos.
 Olhos!!??? Maldita hora em que falei de olhos novamente, pois os teus voltaram, e agora? O que farei com o grito que ecoa dentro em mim? Queria que o cata-vento me leva-se até ti, mas infelizmente não vai acontecer.

Citoplasma

E me encontro dentro do citoplasma de meus pensamentos onde sinto que algumas coisas não mudaram, apenas trocaram a roupa ou a mobília, que agora são novas.

Os sonhos voltaram com mais maturidade e no citoplasma deles vejo-me  na cidade de serras desenhada por mim na minha aquarela sem pincel com minhas digitais mostro ao mundo minhas cores nos meus momentos, sentimentos, pensamentos... eis que o sê parte do citoplasma é tudo que queria.