Feche
os olhos! Coloque essa venda, que cega e possui,
O
veneno que entorpece, e a mente e polui.
A
massa segue em romaria fúnebre
Cavando
a própria cova,
Mas
não vejo tristeza,
Vejo
que a massa adora
Mesmo
passando fome de tanta coisa, come da beleza do que se pensa ver,
Ficando
na leveza de ter a alma vendida
E
só ouvirás o que eles dizem
Outras
vozes são erradas.
Se
existe falta, a culpa é sua.
O
esforço deveria vir de corpo e da alma tua
E
se faltar algo a mim, tiro do seu, mesmo que fique sem,
Pois,
preciso de mais, preciso demais, muito mais,
Sangre
todos os dias, para assim mantermos o Estado na sangria!