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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sangria



Feche os olhos! Coloque essa venda, que cega e possui,
O veneno que entorpece, e a mente e polui.
A massa segue em romaria fúnebre
Cavando a própria cova,
Mas não vejo tristeza,
Vejo que a massa adora
Mesmo passando fome de tanta coisa, come da beleza do que se pensa ver,
Ficando na leveza de ter a alma vendida
E só ouvirás o que eles dizem
Outras vozes são erradas.
Se existe falta, a culpa é sua.
O esforço deveria vir de corpo e da alma tua
E se faltar algo a mim, tiro do seu, mesmo que fique sem,
Pois, preciso de mais, preciso demais, muito mais,
Sangre todos os dias, para assim mantermos o Estado na sangria!