... guardo todas...
... as lembranças,
e, me torno oceano.
Hora revolto, hora com ondas leves, que acariciam a areia
Vez em quando viro rio salgado, quando a paz vem.
E no meio das lembranças, recordo
Das lágrimas que fiz derramarem por mim,
E agora, coleciono novas, ao lembrar do mal que fiz aos meus
Derramo mais algumas quando a saudade aperta o peito
Lágrimas, hoje são poucas, mas parecem ácidas
Quando o rosto escorrem, mesmo acostumado e que tanto por elas fora banhado
Liberto o inverberável por elas
E a gratidão enche os olhos quando lembro daqueles
Que comigo choraram e entendiam e sofriam ou sorriam comigo
De todas guardo
o aprendizado
e busco amadurecer, sem me preocupar
com quantas mais derramarei.