E deram cores onde não havia
E deram acordes à musica que nascia
Deram morte à doença que tinha vida
Deram rima a rara poesia
Deram voz ao desejo que morria
Deram passos ao longe caminho que fim não se via
Deram a cada lágrima caída
A força requerida para a dificuldade ser vencida
Deram o sorriso e alegria para aquele que aos poucos da felicidade desistia.
Quem sou eu
- Doug
- Bem-vindo (a). Por aqui verás emoções que tive, que tenho, que sempre as terei.
segunda-feira, 31 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
O poeta e a caneta
Deram ao poeta um papel e uma caneta bela com uma cor rara que foi feita para ele, pois ele era o poeta mais famoso de todo o condado, porém, ele só usou lápis
durante toda a sua vida e não sabia manusear aquele artefato que lembrava o
lápis, mas que não o enganava. E disseram a ele que teria uma grande diferença
com caneta: não se podia errar, o poeta ficou pasmo com tamanha notícia e
pensou que seria difícil ser perfeito, visto que o lápis dá a oportunidade de
melhorarmos cada vez mais as linhas, e assim o poema fica perfeito aos olhos do
poeta.
E lhe tiraram o lápis e a borracha, e o aprisionaram em uma gaiola no meio da cidade , onde todos poderiam vê-lo escrever, como uma espécie de desafio que movimentava a população. E lá ele estava, apenas
com a caneta e o poeta foi escrevendo e seus versos nunca ficavam do seu
agrado, e por não ficarem bons ele não era libertado da prisão. E o poeta perdeu
a vontade de escrever e logo depois de perder tamanha vontade, veio a falecer
deixando essas palavras:
Tiraram-me o erro e muitas vezes alcançamos o nosso melhor a partir
deles. Quando me deram a tal caneta que por mais que tenha a aparência bonita
no papel, não me possibilitava a mudança e os versos ficam frios e sem vida. Então
uma tristeza em mim foi batendo, se não posso errar não posso escrever e por
não poder escrever não mais viveria e os dias ficaram escuros como as noites,
noites essas que nunca acabavam.
Agora me vejo cansado e prestes a ir.
Com mais pesar que carinho
O poeta.
E não demorou muito para o poeta naquela noite virar mais uma
estrela no céu, e mais uma história no meu papel onde usei lápis e borracha.
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