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quarta-feira, 12 de março de 2014

O poeta e a caneta



Deram ao poeta um papel e uma caneta bela com uma cor rara que foi feita para ele, pois ele era o poeta mais famoso de todo o condado, porém, ele só usou lápis durante toda a sua vida e não sabia manusear aquele artefato que lembrava o lápis, mas que não o enganava. E disseram a ele que teria uma grande diferença com caneta: não se podia errar, o poeta ficou pasmo com tamanha notícia e pensou que seria difícil ser perfeito, visto que o lápis dá a oportunidade de melhorarmos cada vez mais as linhas, e assim o poema fica perfeito aos olhos do poeta.

E lhe tiraram o lápis e a borracha, e o aprisionaram em uma gaiola no meio da cidade , onde todos poderiam vê-lo escrever, como uma espécie de desafio que movimentava a população. E lá ele estava, apenas com a caneta e o poeta foi escrevendo e seus versos nunca ficavam do seu agrado, e por não ficarem bons ele não era libertado da prisão. E o poeta perdeu a vontade de escrever e logo depois de perder tamanha vontade, veio a falecer deixando essas palavras:

Tiraram-me o erro e muitas vezes alcançamos o nosso melhor a partir deles. Quando me deram a tal caneta que por mais que tenha a aparência bonita no papel, não me possibilitava a mudança e os versos ficam frios e sem vida. Então uma tristeza em mim foi batendo, se não posso errar não posso escrever e por não poder escrever não mais viveria e os dias ficaram escuros como as noites, noites essas que nunca acabavam.

Agora me vejo cansado e prestes a ir.
Com mais pesar que carinho
O poeta.


E não demorou muito para o poeta naquela noite virar mais uma estrela no céu, e mais uma história no meu papel onde usei lápis e borracha.

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