Vão-se os carros
Vão-se as motos
As ruas cheias
As mentes vazias
Os dias se vão
E o vão dos dias não se vai
Fica o silêncio
Fica a suposição
Fica a angústia
De ser-se sim ou não
E o agora se vai
O tempo esvai
O mal fica
Se solidifica
Cruel, o senhor Tempo ramifica
O que o coração chora, luta, sangra e grita
Vai-se a vida
Vem-se a morte
E o que vence
Não convence
Constrói barreiras
No íntimo da gente, a penumbra fria surpreende
Vence a vida
Morre o "eu" na gente
Morre a essência do uno, apagam-se as luzes da comunhão. Visto de cima, obscuridade. Visto do meio, fantasmagórico consuetudinário. Até quando a tirania contra a vida, contra a luz?
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