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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Febril

E no corpo febril, surge a dúvida
No corpo febril os delírios e medos se elevam,
E as certezas ficam longe

No corpo febril o calor inquietante
A cabeça está fraca, e nada ajuda
As febres da alma e do espírito sufocam

E os medos tomam conta
Medos do passado meu e seu
Medo das portas que deixamos abertas
Medo das portas que vamos abrir

Medos...
... E o corpo febril ferve
O suor desse consistente
Como gotas de sangue

Medo!
Medo!

E a voz que quase não grita,
E ninguém a ouve
Medo!
Morram todos vocês antes de mim


Febre revelando os maiores medos:
O medo do fim,
O medo do ontem,

E a incerteza do amanhã

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