E para onde vai a flautista? As
linhas da partitura se tornam um desafio, o balbuciar das notas tão
imperceptíveis são traduzidos pelo lápis em uma sílaba só.
E nos pés, as flores por todo seu
caminhar, a sapatilha simples, delicada e florida traz toda uma delicadeza que
podemos ver na moça tão pequena. No braço direito, a grande amiga, a flauta.
Esta adormece em sua casa revestida de couro e tão confortável por dentro.Lá
vai a flautista, ouvindo uma música que talvez seja a que ela maestricamente
traduz no papel e por vezes faz como um grande maestro em suas orquestras.
E esses dias a vi novamente,
estava com uma bolsa grande, que provavelmente levava sua companheira, nas mãos
a folha era consideravelmente maior do que a que vi anteriormente, os dedos
agiam mais rápido, as aulas estava dando ótimo resultado. A despreocupação com
a questão estética chama a atenção, cabelo solto, um tanto molhado, calça jeans
e blusa preta.
E assim como na primeira vez, não
tive a oportunidade de falar com a jovem flautista que desceu sem que eu
perceba, a leitura me distraiu, como sempre.
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